Introdução à Filosofia

Filosofia (φιλοσοφία) é um termo cuja etimologia grega nos remete apenas ao seu significado inicial (philos = Amigo, sophos = Sabedoria), mas seria difícil defini-la em um conceito, tendo em vista que definir é impor limites, e a Filosofia busca exatamente ultrapassá-los, mesmo que para isso tenha que reconhecê-los.

Apesar da fama da Filosofia ter sido atribuída aos gregos, é importante salientar que diversos povos já dispunham de reflexões sobre o mundo, a vida, a ciência, a arte e etc. Os egípcios, por exemplo, já possuíam a arte do cálculo, os babilônios a da astronomia. Muitos atribuem a origem da Filosofia aos orientais, mas, não desmerecendo a sabedoria oriental, ela se baseava em convicções religiosas ou míticas semelhantes às dos gregos antes da Filosofia, como mais à frente abordarei. Contudo, foram os gregos que inicialmente sistematizaram os diversos conhecimentos de maneira racional. É como se alguém soubesse algo, mas não soubesse explicar o que soubesse, nem se questionasse sobre o que soubesse.

Há muitas pessoas que, por perceberem o valor quase incondicional dado à Ciência nos dias de hoje, atribuem à Filosofia a sua origem. Isso não é totalmente um equívoco, contudo a Filosofia não deixa de existir para dar origem à Ciência, visto que a própria Ciência é questionada constantemente em suas "verdades", e a Filosofia se situa exatamente na pergunta e não na resposta, apesar de levantar diversas hipóteses que posteriormente dão origem a avanços no conhecimento. Não é à toa que muitos consideram o filósofo como um chato insatisfeito, pois sempre está a questionar "verdades" ditas indubitáveis.

Para começar, tentarei situar o terreno no qual nasce a Filosofia a fim de evitar que ela seja confundida com as linguagens religiosas, míticas e poéticas existentes na época de seu surgimento na Grécia.



Cristiano de Paiva Barroso
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